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Conferência das Cidades assegura cadeira para RMC, Litoral e Sudoeste

Curitiba sediou a 7ª Conferência Estadual das Cidades do Paraná, reunindo cerca de mil participantes entre sociedade civil, gestores públicos, acadêmicos e entidades.

Curitiba sediou, na quinta-feira (28), a abertura da 7ª Conferência Estadual das Cidades do Paraná, um dos principais espaços de debate sobre os rumos do desenvolvimento urbano no Estado. O encontro, que reuniu cerca de mil participantes entre representantes da sociedade civil, gestores públicos, acadêmicos e entidades setoriais, foi marcado por momentos de reflexão e construção coletiva. Com o tema “Construindo a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano – Caminhos para cidades inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social”, a conferência estadual faz parte da preparação para a 6ª Conferência Nacional das Cidades, programada para acontecer entre 6 e 9 de outubro, em Brasília. O objetivo é reunir propostas e ideias que possam tornar os espaços urbanos mais justos, resilientes e conectados com as necessidades da população.

Desafios da urbanização

Na abertura, o secretário de Estado das Cidades e presidente do Concidades-PR, Guto Silva, destacou que as transformações demográficas e o avanço da urbanização exigem uma revisão das políticas públicas.

“O Paraná, em 2027, terá mais idosos que crianças e jovens e, em 2033, chegará ao seu ápice populacional. As pequenas cidades estão encolhendo e essa massa de população segue para as cidades-polo. Muito do que aprendemos sobre gestão urbana precisa ser revisto. É preciso olhar para o orçamento público com atenção e garantir que ele atenda a essas novas demandas”, afirmou.

Ele também ressaltou iniciativas já em andamento, como o programa Casa Fácil Terceira Idade, o Rota do Progresso e o Asfalto Novo, Vida Nova, voltados tanto para o envelhecimento da população quanto para o fortalecimento dos pequenos municípios.

Palestras e grupos temáticos

O primeiro dia de programação contou com palestras de especialistas renomados, como Rosa Moura, do Observatório das Metrópoles, Madianita da Silva e Leandro Gorsdorf, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Fabiana Romanelli, consultora em sustentabilidade. Os debates abordaram desde os desafios da urbanização até estratégias de inclusão social e sustentabilidade.

À tarde, os participantes se dividiram em grupos temáticos:

• Grupo 1: articulação entre setores urbanos e planejamento das políticas públicas;

• Grupo 2: gestão estratégica e financiamento;

• Grupo 3: grandes temas transversais.

As discussões foram marcadas pela colaboração e escuta ativa, reunindo contribuições de diferentes regiões do Estado.

Mobilização histórica

O secretário executivo do Concidades-PR, Orlando Bonette, destacou o protagonismo das prefeituras no processo.

“Tivemos mais de 240 municípios realizando suas conferências municipais e 339 que promoveram debates em conselhos. Isso coloca o Paraná como o Estado que mais realizou conferências no Brasil em 2024, o que explica a forte participação de delegados e autoridades nesta etapa estadual”, afirmou.

Representação garantida

Na sexta-feira (29), foram apresentadas as propostas aprovadas pelos grupos, além da eleição dos delegados que representarão o Paraná na 6ª Conferência Nacional das Cidades. Também foram definidas as entidades que farão parte da gestão do Concidades-PR no período de 2026 a 2029.

Durante a conferência, o secretário executivo da Assomec, Neco Prado, conduziu o processo eleitoral que definiu os representantes da entidade no Conselho Estadual das Cidades. Na ocasião, foi eleita Keli Coradin, arquiteta e urbanista, para representar a Assomec juntamente com o litoral e a região Sudoeste do Paraná. Keli já atuou como secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Colombo e, atualmente, ocupa o cargo de secretária de Planejamento Urbano de Campina Grande do Sul.

A Assomec também prestou reconhecimento ao trabalho do ex-conselheiro Osni Mendes, que exerceu papel fundamental na mobilização dos municípios para a realização das conferências municipais. Esse esforço foi essencial para viabilizar a etapa estadual e garantir a eleição dos novos conselheiros e delegados que representarão o Paraná na 6ª Conferência Nacional das Cidades.